sexta-feira, 12 de março de 2010

Ainda não encontrei a minha casa

Ainda não encontrei
o sítio a que possa
chamar casa
sei que não
fico muito tempo
para sentir que
é minha casa
volta e meia
dou a volta
e giro ao contrário
a vida liberta-me
a casa não existe
até agora
onde andas tu casa?
como posso eu casar?
sem casa!
Tou à venda
aceito licitações
desque que venha com
uma casa

Sem ti

Naveguei longamente
Não sabia para onde
E mesmo assim
Deixei-me ir…
Sem saber como,
Já não procurava,
Só encontrava!
Sabendo que merecia,
Voltei!
E encontrei-me nas ondas
onde naveguei
Sem fim!
Vivendo sem ti!
Sorri!
Tudo melhorou…
Tudo sarou…
O amor
A paixão
Tudo voltou
E voltei a amar
Sou feliz
Eu! Sem ti


Lueji

sábado, 6 de fevereiro de 2010

o Amor - São valentim

O AMOR

o sorriso que me silencia
cura-me saudades
liberta-me as vontades
causa-me necessidades
de flores
paisagens
e viagens
nesse além onde desmaio
numa meditação infinita
onde me alimento de paixão
cujo céu sem pecado
me faz ver que és tu
o tal!
nas asas das borboletas
viajo nos teus passos
procuro teu cheiro
nas veredas do desejo
o tal!
e o cupido fere-me de morte
e tu o tal!
não me vês
toco-te
beijo-te
e tu o tal
não me vês
desmaio de dor
a teus pés
pisas-me sem me ver
procuras-me
a tal
mas não me vês
o cupido recolhe as setas
falha as metas
foge
a tal e o tal
num tempo desigual
não desisto
viajo no tempo
sinto-te mas não te vejo
completo-te a ti
o tal
inicio uma viagem mortal
ao teu coração
acerto os ponteiros do tempo
num sinal de igual
paralelas que se cruzam
num segundo eterno
o tal e a tal
juntos para sempre

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Nada sentido

Nada me faz sentido
nem esse bocado de ti
que em mim resta perdido
nada bate certo
neste imenso deserto
perdi-te
e encontrei-me
morri
e ressucitei-me
nada bate certo
nem tu cheio de ti
nem eu ausente em mim
só uma tristeza certa
de ter descoberto
o sol em ti
a lua em mim
e um mar de estrelas
um infinito
um universo atento
um amor ardente
que em mim
será permanente

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Prosperidade

Prosperidade
é para a minha idade
prosperidade
procuro-a
em cada rua
ou esquina
prosperidade
quando à minha porta?
Tou na flor da idade
à espera
da prosperidade

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Intervalo infinito

Um intervalo em mim
constatei um intervalo
um espaço entre parênteses rectos
onde nada crescia
dei conta que não o vi
não li
não entrei

era mero breu
e Tu do nada apontaste
para um infinito
era eu
plena de intervalos
intervalos que se sucedem
que se tocam
sou eu
um infinito
de possibilidades
força motriz de sonhos
sou eu

uma cara desconhecida
um coração de amor
sou eu
plena por dentro
reconhecida
amada
sou eu
um intervalo em todos os tempos
música no infinito
sinal de divindade
um reencontro
dentro um sol
fora um sol
sou eu
que brilho
contemplo o azul do mar
a brisa boreal
sou eu

que te perdoo a maldade
que te protejo na intriga
que não te odeio na traição
que te dou a mão
até a tua facada perdoo
porque tu és eu
não o posso negar
seria contra a minha fé
te perdoo
porque tenho o infinito em mim
sou eu que também sou tu
desejo-te felicidade
mesmo com a oferta da maldade
te desejo
bondade

porque em mim
não existe espaço
para o ódio
maldade
que existe em ti

somos todos filhos do mesmo cosmo

domingo, 6 de dezembro de 2009

O eco do teu coração

No meu coração o eco do teu…
Na minha mente o teu presente.
Na minha vida a tua vida
Na minha boca o teu sabor
Em mim o teu cheiro
Em minha casa a tua alma
Do meu lado TU ÉS TU,
Em ti EU SOU EU