sábado, 6 de fevereiro de 2010

o Amor - São valentim

O AMOR

o sorriso que me silencia
cura-me saudades
liberta-me as vontades
causa-me necessidades
de flores
paisagens
e viagens
nesse além onde desmaio
numa meditação infinita
onde me alimento de paixão
cujo céu sem pecado
me faz ver que és tu
o tal!
nas asas das borboletas
viajo nos teus passos
procuro teu cheiro
nas veredas do desejo
o tal!
e o cupido fere-me de morte
e tu o tal!
não me vês
toco-te
beijo-te
e tu o tal
não me vês
desmaio de dor
a teus pés
pisas-me sem me ver
procuras-me
a tal
mas não me vês
o cupido recolhe as setas
falha as metas
foge
a tal e o tal
num tempo desigual
não desisto
viajo no tempo
sinto-te mas não te vejo
completo-te a ti
o tal
inicio uma viagem mortal
ao teu coração
acerto os ponteiros do tempo
num sinal de igual
paralelas que se cruzam
num segundo eterno
o tal e a tal
juntos para sempre

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Nada sentido

Nada me faz sentido
nem esse bocado de ti
que em mim resta perdido
nada bate certo
neste imenso deserto
perdi-te
e encontrei-me
morri
e ressucitei-me
nada bate certo
nem tu cheio de ti
nem eu ausente em mim
só uma tristeza certa
de ter descoberto
o sol em ti
a lua em mim
e um mar de estrelas
um infinito
um universo atento
um amor ardente
que em mim
será permanente